.desocupados;

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Talvez, ou Não.

É engraçado as vezes esse lance de interesses não? Não importa quando , onde e nem como , podemos ter o que for, nunca sera o bastante. Muitas vezes temos tudo aquilo que necessitamos e esperamos, tudo aquilo que procuramos todos os dias e sequer percebemos, quando percebemos, não  é o bastante.
Porque? Mas, porque? Quem sabe dizer? Eu nao sei e voce?
Nem sempre aquilo que nos encaixa perfeitamente ou aquilo que buscamos em algo ou alguem, é suficiente, ou é o bastante para nos prender e tampouco satisfazer. Talvez seja aquele lance de natureza humana ou talvez seja apenas o nosso ego querendo sempre alem, almejando sempre o que nao se tem. Uma coisa eu nao nego, nada me motiva mais do que o desejar, aquilo ou isso, aquele ou  aquela, tudo ou nada. É só o que me alimenta desejos e sonhos, vontades e conquistas.  Talvez tivesse aquilo que precisava, mas talvez aquilo não me era o bastante, não hoje, nao agora. Talvez depois, eu acorde amanhã e antes de mais nada, me lembre disso tudo e me arrependa, talvez ninguem goste de correr riscos, mas talvez, ninguem perceba que são exatamente o que nos faz errar, que nos faz acertar , e principalmente o que nos faz viver.  Aprendi  a arriscar, aprendi a correr riscos, e principalmente, aprendi que arriscado mesmo é nao se arriscar por medo dos riscos que se pode correr. Pois é. Talvez é talvez,  pra mim é sim ou não. Eu arrisquei, se acertei ou errei, confesso. Eu não sei, e não, isso não é um poema, talvez, ou talvez eu nem saiba  o que escrevo, apenas escrevo. Assim como os meus desejos, as minhas vontades e as minhas escolhas, o que faço eu nem sei, mas assim como quando escrevo, apenas sigo meu coração. O que talvez possa ser o grande erro, mas que  talvez, talvez não.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um dia, Um dia.

Um dia voce vai estar sozinho, fechará os olhos e tudo estará negro, os números de sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando teus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias dos abraços e beijos, da minha preocupação com você, e só vão ter ter algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas.
E ai entao você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho de novo. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta, ela estará muito trancada e se aberta estiver, mostrará uma casa vazia.Teus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que sentirá é arrependimento, e a falta de fome que virá, chama-se tristeza. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados... você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa e provavelmente o remédio para todas essas sensações acima...
seja o tal do tempo em que você tanto falou.